PPP
Projeto Político-Pedagógico
EMEB
AGOSTINHO
DOS
SANTOS
SUMÁRIO
I – IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR 3
Identificação da Equipe Gestora 3
Identificação da Orientadora Pedagógica responsável pelo acompanhamento 3
Identificação da Equipe de Orientação Técnica 3
Períodos e horários de funcionamento da escola 4
Horário de atendimento da Secretaria 4
1 – Quadro de identificação dos Funcionários 4
III – ANÁLISE E REFLEXÃO DAS AVALIAÇÕES REALIZADAS PELA EQUIPE ESCOLAR NO ANO DE 2024 13
IV – CARACTERIZAÇÃO E PLANO DE AÇÃO PARA OS SEGMENTOS DE ATUAÇÃO DA ESCOLA 15
1. Caracterização da Comunidade 15
V – ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO 29
4. Avaliação das Aprendizagens das crianças 32
7. Eventos e atividades de Estudo do Meio 34
I – IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR
Identificação da Equipe Gestora
Identificação da Orientadora Pedagógica responsável pelo acompanhamento
Identificação da Equipe de Orientação Técnica
Etapa de Ensino oferecida pela escola
Períodos e horários de funcionamento da escola
Horário de atendimento da Secretaria
1 – Quadro de identificação dos Funcionários
2 – Quadro de Organização das Etapas e/ou Modalidades
3 – Histórico da Unidade Escolar
I- HISTÓRICO
A Escola Municipal de Educação Básica "Agostinho dos Santos" nasceu a partir de uma necessidade estrutural da EMEB Thales de Andrade, que demandava reformas em seu prédio original. Para solucionar essa questão, foi iniciada a construção de um novo espaço, com a intenção de transferir a unidade escolar. No entanto, durante o processo, a EMEB Thales de Andrade passou por melhorias e pôde permanecer em sua sede. Dessa forma, o prédio recém-construído foi destinado à criação de uma nova escola voltada ao atendimento de crianças de 0 a 3 anos, surgindo assim a EMEB Agostinho dos Santos.
A escola foi inaugurada no dia 12 de fevereiro de 2011, recebendo inicialmente o nome de EMEB do Jardim Santo Ignácio. Pouco tempo depois, em 1º de abril de 2011, com a publicação da Lei nº 6114, a unidade passou a se chamar oficialmente Escola Municipal de Educação Básica "Agostinho dos Santos", em homenagem ao renomado cantor e compositor brasileiro, reconhecido por sua contribuição à música popular brasileira.
Desde sua inauguração, a escola tem desempenhado um papel fundamental na educação infantil, oferecendo um ambiente acolhedor e seguro para o desenvolvimento das crianças. No primeiro ano de funcionamento, a unidade atendia 83 alunos, distribuídos em cinco turmas. Ao longo dos anos, a demanda cresceu, e a escola expandiu sua capacidade para atender um número maior de crianças da comunidade. Atualmente, conta com dez turmas, consolidando-se como uma referência no ensino infantil na região.
Além de sua importância educacional, a EMEB Agostinho dos Santos se destaca pelo compromisso com a qualidade do ensino e pela promoção de projetos pedagógicos inovadores, que incentivam o aprendizado lúdico, a socialização e o desenvolvimento integral de seus alunos. A escola também mantém uma relação próxima com as famílias, promovendo atividades que fortalecem o vínculo entre a comunidade escolar e os responsáveis.
Com uma trajetória marcada pela dedicação ao ensino e ao bem-estar das crianças, a EMEB Agostinho dos Santos segue firme em sua missão de proporcionar uma educação de excelência, contribuindo para o crescimento e desenvolvimento das novas gerações.
II – CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA
A concepção pedagógica da EMEB Agostinho dos Santos baseia-se nos documentos oficiais que regulamentam a Educação Infantil no Brasil, vigentes nos níveis federal, estadual e municipal e utilizados nos planos formativos dos diferentes segmentos da equipe escolar. De acordo com o artigo 205 da Constituição Federal, promulgada em 05 de outubro de 1988, “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. (BRASIL, 1988). O acesso a esse direito constitucional começa na Educação Infantil, etapa que deve efetivar o dever do Estado através do atendimento em creches e pré-escolas às crianças de zero a seis anos de idade, tendo como base os seguintes princípios, presentes no artigo 206:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
(...)
VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei;
(...)
(BRASIL, 1988)
A publicação da Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), regulamentou a Educação Infantil de forma efetiva, definindo-a com a seguinte redação: “A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. ” (BRASIL, 2017)
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (DCNEI), regulamentadas pelo Parecer CNE/CNB nº 20/2009 e pela Resolução nº 05/2009 do Ministério da Educação, trazem a seguinte definição de Educação Infantil: “primeira etapa da educação básica, oferecida em creches e pré-escolas, as quais se caracterizam como espaços institucionais não domésticos que constituem estabelecimentos educacionais públicos ou privados que educam e cuidam de crianças de 0 a 5 anos de idade no período diurno, em jornada integral ou parcial, regulados e supervisionados por órgão competente do sistema de ensino e submetidos a controle social. É dever do Estado garantir a oferta de Educação Infantil pública, gratuita e de qualidade, sem requisito de seleção.” (BRASIL, 2010).
E continuam orientando que “as propostas pedagógicas de Educação Infantil devem respeitar os seguintes princípios:
Éticos: da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum, ao meio ambiente e às diferentes culturas, identidades e singularidades.
Políticos: dos direitos de cidadania, do exercício da criticidade e do respeito à ordem democrática.
Estéticos: da sensibilidade, da criatividade, da ludicidade e da liberdade de expressão nas diferentes manifestações artísticas e culturais. ”
(BRASIL, 2010)
Em continuidade ao estudo das DCNEIs, consideramos fundamental registrar, neste documento, a redação literal dos eixos fundantes que estão presentes nessa obra.
Portanto, “as práticas pedagógicas que compõem a proposta curricular da Educação Infantil devem ter como eixos norteadores as interações e a brincadeiras e garantir experiências que:
promovam o conhecimento de si e do mundo por meio da ampliação de experiências sensoriais, expressivas, corporais que possibilitem movimentação ampla, expressão da individualidade e respeito pelos ritmos e desejos da criança;
favoreçam a imersão das crianças nas diferentes linguagens e o progressivo domínio por elas de vários gêneros e formas de expressão: gestual, verbal, plástica, dramática e musical;
possibilitem às crianças experiências de narrativas, de apreciação e interação com a linguagem oral e escrita e convívio com diferentes suportes e gêneros textuais orais e escritos;
recriem, em contextos significativos para as crianças, relações quantitativas, medidas, formas e orientações espaço temporais;
ampliem a confiança e a participação das crianças nas atividades individuais e coletivas;
possibilitem situações de aprendizagem mediadas para a elaboração da autonomia das crianças nas ações de cuidado pessoal, auto-organização, saúde e bem-estar;
possibilitem vivências éticas e estéticas com outras crianças e grupos culturais, que alarguem seus padrões de referência e de identidades no diálogo e conhecimento da diversidade;
incentivem a curiosidade, a exploração, o encantamento, o questionamento, a indagação e o conhecimento das crianças em relação ao mundo físico e social, ao tempo e à natureza;
promovam o relacionamento e a interação das crianças com diversificadas manifestações de música, artes plásticas e gráficas, cinema, fotografia, dança, teatro, poesia e literatura;
promovam a interação, o cuidado, a preservação e o conhecimento da biodiversidade e da sustentabilidade da vida na Terra, assim como o não desperdício dos recursos naturais;
propiciem a interação e o conhecimento pelas crianças das manifestações e tradições culturais brasileiras;
possibilitem a utilização de gravadores, projetores, computadores, máquinas fotográficas e outros recursos tecnológicos e midiáticos. ” (BRASIL, 2010)
Outra obra fundamental para a construção de nossa concepção pedagógica é a BNCC (Base Nacional Comum Curricular), homologada em dezembro de 2017. Trata-se da “referência nacional para a formulação dos currículos dos sistemas e das redes escolares dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e das propostas pedagógicas das instituições escolares. ” (BRASIL, 2017). A BNCC define aprendizagens essenciais que concorrem para assegurar aos bebês e crianças pequenas seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento.
A BNCC nos apresenta, então, como prosseguir no processo de elaboração das propostas, orientando que “na primeira etapa da Educação Básica e de acordo com os eixos estruturantes da Educação Infantil (interações e brincadeiras), devem ser assegurados seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento, para que as crianças tenham condições de aprender e se desenvolver”. (BRASIL, 2017)
São direitos de aprendizagem e desenvolvimento na Educação Infantil:
Para que esses seis direitos sejam assegurados a partir da Educação Infantil, a BNCC apresenta cinco Campos de Experiências como base para a organização das atividades educacionais. São eles: O eu, o outro e o nós, Corpo, gestos e movimentos, Traços, sons, cores e formas, Escuta, fala, pensamento e imaginação e Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações, onde aparecem objetivos de aprendizagem e desenvolvimento que deverão ser contemplados no planejamento das atividades pelos educadores. Salientamos que as experiências oferecidas na creche ampliam o repertório desenvolvido em família, pois complementam e diversificam as oportunidades de socialização, de desenvolvimento da autonomia e de comunicação, além de associar os cuidados da infância ao processo educativo, criando vínculos entre adultos e crianças e entre as próprias crianças. Portanto, incentivar a participação e o envolvimento das famílias é essencial para que as ações sejam efetivas. Além disso, todo planejamento e a organização da unidade escolar devem ter intencionalidade pedagógica, para que os educadores proponham “experiências que permitam às crianças conhecer a si e ao outro e de conhecer e compreender as relações com a natureza, com a cultura e com a produção científica, que se traduzem nas práticas de cuidados pessoais (alimentar-se, vestir-se, higienizar-se), nas brincadeiras, nas experimentações com materiais variados, na aproximação com a literatura e no encontro com as pessoas.” (BRASIL, 2017). Da mesma forma, a equipe gestora deve alinhar todas as suas ações em função dessa intencionalidade, proporcionando totais condições para o desenvolvimento do trabalho.
Destaque para a importância do conceito de criança competente, sujeito de direitos, produtora de cultura e cuja cidadania deve ser respeitada e construída desde o nascimento. Para aprimorarmos esse potencial, devemos inserir as crianças nas tomadas de decisão, para que
participem inteiramente de todos os processos desenvolvidos na escola, desde questões coletivas da gestão até a escolha das atividades a serem desenvolvidas com as turmas.
“Criança é sujeito histórico e de direitos, que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura. ”
(DCNEI, Resolução CNE/CEB nº 5/2009).
Finalizando a apresentação de nossas concepções, citamos acima a definição de criança presente nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, por entendermos o quão importante é valorizar nossas crianças como protagonistas de seu processo de desenvolvimento. O respeito pela infância como base de toda formação do sujeito, valorizando-a e incrementando-a através da oferta de vivências ricas e variadas, faz com que sejamos corresponsáveis pela evolução de cada indivíduo em todas as fases de sua existência.
Nossos estudos visam, portanto, refletir sobre as informações presentes nos diversos documentos citados e também nas formações e orientações emanadas pela Secretaria de Educação de São Bernardo do Campo, para criar um PPP com a identidade de nossa escola. E, a partir do processo de escrita da Proposta Curricular do Município, incorporar as diretrizes que a rede seguirá a partir de sua implementação. O educador deve ser um mediador atento, cuja escuta ativa contemple todas as linguagens utilizadas pelas crianças para se expressarem, tomando muito cuidado para que não aconteça o que Loris Malaguzzi profetizou em seu poema “As cem linguagens da criança”:
A criança
é feita de cem.
A criança tem cem mãos
cem pensamentos
cem modos de pensar
de jogar e de falar.
Cem, sempre cem
modos de escutar
de maravilhar e de amar.
Cem alegrias
para cantar e compreender.
Cem mundos
para descobrir.
Cem mundos
para inventar.
Cem mundos
para sonhar.
A criança tem
cem linguagens
(e depois cem, cem, cem)
mas roubaram-lhe noventa e nove.
A escola e a cultura
lhe separam a cabeça do corpo.
Dizem-lhe:
de pensar sem as mãos
de fazer sem a cabeça
de escutar e de não falar
de compreender sem alegrias
de amar e de maravilhar-se
só na Páscoa e no Natal.
Dizem-lhe:
de descobrir um mundo que já existe
e de cem roubaram-lhe noventa e nove.
Dizem-lhe:
que o jogo e o trabalho
a realidade e a fantasia
a ciência e a imaginação
o céu e a terra
a razão e o sonho
são coisas
que não estão juntas.
Dizem-lhe enfim:
que as cem não existem.
A criança diz:
Ao contrário, as cem existem.
(MALAGUZZI, 1999)
III – ANÁLISE E REFLEXÃO DAS AVALIAÇÕES REALIZADAS PELA EQUIPE ESCOLAR NO ANO DE 2024
Para a avaliação do PPP 2024 foram elaborados formulários Google, contemplando todos os segmentos de servidores da escola e as famílias. A metodologia foi de avaliação quantitativa, onde o participante deveria atribuir notas de 1 a 5 para cada item avaliado, sendo 1 para o que considerou pouco satisfatório e 5 para muito satisfatório. Embaixo de cada pergunta havia um espaço destinado a comentários, para que os participantes pudessem acrescentar opiniões específicas por tema, atribuindo caráter qualitativo à pesquisa. Também foi disponibilizado espaço para registro de comentários sobre temas que eventualmente não tivessem sido abrangidos pela pesquisa.
Apresentaremos abaixo os pontos de atenção extraídos das avaliações de cada segmento. Vale destacar que em geral o trabalho da escola foi bem avaliado. Os pontos de atenção em destaque serão analisados para encaminhamentos neste plano.
AVALIAÇÃO PPP 2024 – FAMÍLIAS
Pontos de atenção:
- Aumentar o número de saídas para Estudo do Meio;
- Desenvolver propostas de compartilhamento de atividades com as famílias.
- Alinhar o formato de comunicação via agenda e aumentar a oferta de material audiovisual relacionado às atividades desenvolvidas.
- Continuar priorizando a comunicação com famílias cujas crianças demandam qualquer tipo de adequação específica.
- Aumentar as oportunidades de interação com as famílias para desenvolvimento de temas sociais.
- Incrementar os canais de comunicação para atendimento das demandas específicas das crianças e divulgação das propostas pedagógicas.
AVALIAÇÃO PPP 2024 – PROFESSORES
Das avaliações realizadas pela equipe de professores, destacamos os seguintes pontos de atenção:
- Verificar as lacunas citadas, mas não aprofundadas, relativas ao desenvolvimento de atividades que contemplem os princípios e concepções da escola.
- Qualificar o estudo sobre brinquedos e brincadeiras para estabelecer prioridades e periodicidade para reposição de materiais.
- Verificar a necessidade de materiais de apoio como carrinhos de carga, jarras e galões.
- Qualificar a escolha dos temas para os diferentes momentos disponibilizados para formação docente.
- Aprofundar a formação em temas específicos para creche e primeiríssima infância.
- Identificar, logo após a adaptação, casos em observação para compartilhamento com a EOT.
- Agendar visitas e reuniões periódicas com a EOT para acompanhamento mais próximo dos casos em observação.
- Qualificar o preenchimento dos documentos de observação e encaminhamento de casos, identificando graus de prioridade.
- Aprofundar os estudos para escolha dos temas para projetos e atividades sequenciadas.
- Inserir os temas sugeridos pelos documentos orientadores nos planejamentos das turmas, desenvolvendo projetos e atividades individuais e coletivos.
- Escolha de temas e atividades mais adequadas à faixa etária atendida.
- Organização de saídas para Estudo do Meio nos dois semestres.
- Aumentar o envolvimento das famílias nos sábados letivos.
- Qualificar os instrumentos de planejamento e registro implantados em 2024.
- Utilizar as informações colhidas na documentação pedagógica para seleção de temas formativos.
- Utilização de técnicas de organização de tempo para otimizar os momentos de planejamento.
AVALIAÇÃO PPP 2024 – AUXILIARES EM EDUCAÇÃO
Pontos de atenção:
- Qualificar tempos e espaços, como os momentos de refeição, redistribuindo pessoal de apoio e volantes para melhor suporte nas salas de aula e deslocamentos.
- Redistribuição de postos de trabalho para apoiar as atividades com deslocamentos.
- Qualificar atividades nos espaços internos da escola, criando alternativas para os dias frios e chuvosos.
- Organizar calendário formativo para os Auxiliares em Educação, contemplando as coberturas de horários entre as funções.
- Aproximar os temas desenvolvidos com os professores do grupo de Auxiliares em Educação.
- Orientação da equipe quanto ao papel de observação da EOT e não de tratamento.
- Aumentar o número de visitas ( do EOT) ao longo do ano para que o desenvolvimento das crianças seja acompanhado e as orientações sejam mais específicas.
- Aprofundar o estudo de temas transversais e que fazem parte da legislação que regulamenta conteúdos étnicos e raciais no ensino.
- Inserir a cultura de paz e meio ambiente em projetos da escola.
- Aprofundar os estudos para escolha de destinos para as saídas de Estudo do Meio.
- Organizar com antecedência as demandas para cada sábado letivo do Calendário Escolar.
- Requalificação da estratégia de pequenos grupos para os momentos de refeição, redistribuindo funções e desenvolvendo atividades que possam ser utilizadas com as crianças em trânsito.
- Planejamento de momentos formativos com as famílias, aproximando-as do cotidiano da escola para que temas delicados se tornem corriqueiros.
- Aprofundamento de estudos sobre práticas inclusivas, atendendo às demandas das turmas.
AVALIAÇÃO PPP 2024 – EQUIPE DE APOIO E SECRETARIA
Ponto de atenção:
- Ampliar a participação de todos os segmentos no desenvolvimento das atividades da escola, inserindo mais momentos formativos na rotina.
- Ampliar a divulgação de atividades e dos resultados obtidos.
IV – CARACTERIZAÇÃO E PLANO DE AÇÃO PARA OS SEGMENTOS DE ATUAÇÃO DA ESCOLA
1. Caracterização da Comunidade
A escola está situada no Jardim Santo Ignácio / Bairro Independência e faz parte do território 6 da área da saúde, tendo a UBS Vila Rosa como referência na região. Na mesma rua temos outras três unidades escolares além da EMEB Agostinho dos Santos: a EMEB Thales de Andrade, que atende a faixa etária de quatro e cinco anos (pré-escola) no Programa Educar Mais em período integral, a EMEB Lopes Trovão, que oferece ensino fundamental do 1º ao 5º ano e a creche parceira ASSISBRAC, com Berçário e Infantil I.
Em relação a outros tipos de oferta, a região possui várias praças e terrenos abertos, disponíveis para atividades ao ar livre, mas não conta com teatros ou centros comunitários para desenvolvimento de atividades artísticas. O bairro tem boa variedade de estabelecimentos comerciais, sendo delimitado pelas Avenidas Moinho Fabrini, Humberto de Alencar Castelo Branco, Robert Kennedy e José Odorizzi, onde está instalada a 3ª Companhia do 40º Batalhão de Polícia Militar Metropolitana.
O plano de ação para utilização dos equipamentos do entorno contempla o planejamento de atividades conjuntas com as outras unidades escolares da rua, tais como: o laboratório de informática da EMEB Lopes Trovão, o parque e o teatro de Arena da EMEB Thales de Andrade. Em relação à UBS Vila Rosa, recebemos visitas esporádicas de agentes de saúde e enfermeiros para desenvolvimento de campanhas e programas da Secretaria da Saúde, como os que são relacionados ao esquema vacinal dos alunos, por exemplo. A comunidade não apresenta movimentos comunitários organizados, pois não recebemos a visita de líderes ou grupos com pautas populares.
2. Comunidade Escolar
2.1 Caracterização
A comunidade escolar da EMEB Agostinho dos Santos é composta por famílias que moram no entorno da escola, em residências pequenas e que possuem vários integrantes, com pais ou responsáveis que trabalham fora o dia inteiro. Em menor número, temos famílias com maior poder aquisitivo, que residem em bairros próximos. Muitas crianças vêm de bairros mais distantes utilizando o transporte escolar da empresa Diastur em contrato com a Secretaria de Educação. Atualmente são 07 vans ou micro-ônibus que atendem as crianças por essa empresa além dos transportes particulares. Os pais e responsáveis são, em grande número, bem jovens e com filhos únicos ou que tem, no máximo, mais um filho. Em algumas famílias, entretanto, as crianças têm irmãos mais velhos que estudam ou já estudaram nas outras escolas da rua.
2.2 Plano de ação para Comunidade Escolar
2.3 Avaliação
O PPP da Unidade Escolar será constantemente avaliado, na medida em que as ações previstas para o ano letivo forem acontecendo. A cada data prevista no Calendário Escolar, os horários de HTP e HTPC, bem como as Reuniões com Auxiliares em Educação e Reuniões Pedagógicas serão utilizados para discussão dos pontos positivos e pontos a melhorar observados em cada ocasião. A comunidade escolar será estimulada a observar o desenvolvimento das propostas presentes no PPP, pois, após sua homologação, ele será divulgado em todos os canais de comunicação disponíveis. Poderão ser utilizados formulários eletrônicos para coleta e tabulação de informações, visando proporcionar maior visibilidade e tratamento aos dados em análise. Todos os resultados serão compartilhados com a equipe escolar e com a comunidade, visando a tomada de melhores decisões e replanejamento de estratégias.
3. Equipe Escolar
3.1 Professores
3.1.1 Caracterização
A equipe docente é composta por 20 professores(as) regentes e 04 volantes com características diversas: temos professoras com vários anos de experiência na Unidade Escolar, assim como outros que vieram na remoção ocorrida no final de 2024. O plano de trabalho formativo vem sendo desenvolvido e atualizado de acordo com as avaliações e necessidades observadas com a equipe docente. Iniciamos o ano de 2025 analisando as avaliações registradas no ano anterior, o parecer da orientadora pedagógica a respeito do PPP de 2024 onde há apontamentos a respeito das necessidades formativas do grupo e a escuta da equipe que se constituiu esse ano. Nas primeiras Reuniões Pedagógicas e HTPCs de 2025, foram definidos vários alinhamentos para os trabalhos do ano letivo, tais como, a atribuição das turmas, a organização de espaços e materiais e orientações pedagógicas (documentação e registros, rotina, atendimento às famílias e atendimentos especializados). O Calendário Escolar de 2025 foi apresentado visando organizar o planejamento de datas e atividades com antecedência. Por fim, foram apresentadas as grades de horário de professores e auxiliares, bem como a proposta de atendimento durante o período de inserção e acolhimento.
Para o ano letivo de 2025, os horários dos docentes foram definidos como segue:
As Reuniões Pedagógicas estão previstas para as seguintes datas: 03 e 04/02, 22/03 (sábado), 30/05, 02/08 (sábado), 07/11 e 19/12/2024.
3.1.2 Plano de Formação para os Professores
Para uma organização mais didática do trabalho de formação desenvolvido ao longo do ano, o apresentaremos dividido em duas partes ressaltando que um complementa e qualifica o outro. A primeira parte abrange conteúdos que serão retomados em momentos formativos para rememorar princípios e concepções a fim de orientar o planejamento das ações permanentes. A segunda parte abrange o que foi definido como foco formativo para este ano letivo.
3.1.3 Avaliação do Plano de Formação
O plano de formação continuada da equipe docente será avaliado através de discussões após os momentos formativos, instrumentos de avaliação aplicados periodicamente, como formulários e pesquisas, além de registros de observação da prática, que subsidiarão a escolha de temas e formatos para os momentos formativos.
3.2 Auxiliares em Educação
3.2.1 Caracterização
Contamos hoje com 16 Auxiliares em Educação, sendo que dez são fixos e compõem os trios de educadores nas turmas, e cinco volantes. Os auxiliares volantes são distribuídos de forma a apoiar as salas do térreo e do primeiro andar, trabalhando nos deslocamentos entre espaços da escola, nas refeições, nas atividades com as crianças com demandas específicas e na organização dos espaços coletivos.
3.2.2 Plano de Formação para os Auxiliares em Educação
A formação da equipe de auxiliares acontece em reuniões semanais, previstas para ocorrerem todas as quartas-feiras, das 11:20 às 12:20, cujas pautas versam sobre o cotidiano e temas desenvolvidos com os docentes em seus momentos formativos. Os auxiliares também participam das Reuniões Pedagógicas programadas no Calendário Escolar, fazendo parte da tomada de decisões sobre assuntos coletivos.
3.2.3 Avaliação do Plano de Formação
A formação da equipe de Auxiliares em Educação será avaliada através de discussões após os momentos formativos, instrumentos de avaliação aplicados periodicamente, como formulários e pesquisas, além de registros de observação da prática, que subsidiarão a escolha de temas e formatos para os momentos formativos. No final do ano, em formulário específico sobre a avaliação institucional, os auxiliares serão estimulados a realizarem sua autoavaliação, analisando pontos positivos em sua prática, assim como itens para aprimoramento profissional.
3.3 Funcionários
3.3.1 Caracterização
A equipe de funcionários conta com um Oficial de Escola e três Auxiliares de Limpeza, que são servidores da PMSBC, além de quatro cozinheiras da empresa Soluções e três auxiliares de limpeza da LC Correa.
O plano de formação para os esses segmentos contempla reuniões na medida em que as demandas de trabalho vão se apresentando. Dessa forma, os funcionários são convocados e, em conjunto com a Gestão, são definidas estratégias para melhor atendimento e alinhamento à proposta pedagógica da unidade. Todos são convidados a participar das Reuniões Pedagógicas organizadas pela gestão.
3.3.2 Plano de Formação dos Funcionários
3.3.3 Avaliação do Plano de Formação
A formação da equipe de Funcionários será avaliada através de discussões após os momentos formativos, instrumentos de avaliação aplicados periodicamente, como formulários e pesquisas, além de registros de observação da prática, que subsidiarão a escolha de temas e formatos para os momentos formativos.
Em relação às empresas terceirizadas, a avaliação da formação será realizada em conjunto com os Supervisores das referidas empresas, a partir da observação das atividades cotidianas.
4. Equipe Gestora
4.1 Gestão Escolar
4.1.1 Caracterização
A gestão da EMEB Agostinho dos Santos é formada pela diretora Ana Lúcia Borges, Vice-diretora Rosana Tomaz dos Santos Oliveira e Coordenadora Pedagógica Maria Goreti Gil Velho Rocha , todas com uma experiência de muitos anos na rede municipal de São Bernardo do Campo. O trabalho da gestão no planejamento e execução do Projeto Político Pedagógico da escola, é orientado pelos princípios constitucionais e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: a gestão democrática, laicidade e gratuidade, a igualdade para o acesso e permanência, a valorização dos profissionais da educação e a garantia do padrão de qualidade, assim como, na orientação das práticas pedagógicas, os princípios expressos nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil: éticos, estéticos e políticos. As ações da gestão da unidade educacional também se fundamentam nas orientações da Secretaria de Educação do Município.
4.1.2 Plano de Ação
Além da organização da rotina de trabalho conforme atribuições de cada cargo definidas no estatuto dos Profissionais do Magistério de São Bernardo do Campo, a equipe gestora apresenta o Plano de Ação que terá como princípios orientadores a gestão democrática e a formação em contexto.
Para a elaboração do Plano de Ação da Equipe Gestora foram considerados os seguintes instrumentos: a avaliação geral do ano de 2024; o relatório de transição da gestão anterior; o parecer sobre o PPP de 2024 elaborado pela Orientadora Pedagógica; a observação e escuta da comunidade escolar no início de 2025.
5. Conselhos
5.1 Conselho de Escola
O Conselho de escola é um órgão colegiado na perspectiva da gestão democrática da educação pública e se faz efetivo ao tomar decisões em conjunto com a equipe escolar, respeitando as normas de funcionamento da unidade e os princípios que orientam todo o trabalho da rede municipal de educação.
Este órgão colegiado é de grande importância, pois, através dele a equipe escolar avalia e toma decisões a partir de sua especificidade com mais autonomia. Para que isso aconteça, é necessário o envolvimento de todos os conselheiros nas atividades da escola.
Com o propósito de ampliar o diálogo e o debate acerca do projeto político pedagógico da escola, ampliar a participação e qualificar a tomada de decisão, planejamos realizar as reuniões do Conselho de Escola junto com as reuniões mensais da APM em desta forma, o “ Plano de Ação do Conselho de Escola” será desenvolvido em conjunto com a APM.
5.1.1 Caracterização do Conselho de Escola
5.1.2 Plano de Ação do Conselho de Escola
Cronograma :
Eleição dos novos membros: 18/02/25
Reuniões em conjunto com a APM:
5.1.3 Avaliação do Plano de Ação do Conselho de Escola
O Plano de ação do Conselho de Escola será avaliado mensalmente nas reuniões agendadas no Calendário Escolar, a partir das observações dos membros do colegiado. As pautas de reunião serão definidas com a apresentação das demandas apontadas pela comunidade escolar, para aprovação e deliberação das ações necessárias.
5.2 Associação de Pais e Mestres
5.2.1 Caracterização
Membros de Ação da APM:
5.2.1 Plano de ação da APM
Para a construção de uma relação participativa e democrática são necessárias ações planejadas para fomentar a participação. Os membros que integram a APM são escolhidos através do voto e têm como responsabilidade discutir e deliberar ações envolvidas na unidade escolar. Este plano será desenvolvido em conjunto com o Conselho de Escola.
São alguns objetivos da APM:
· Auxiliar a gestão na execução dos objetivos educacionais da unidade;
· Representar as aspirações da comunidade;
· Participação em ações / eventos relativos ao calendário escolar;
· Colaborar com a unidade escolar no que se refere a qualidade do trabalho;
· Acompanhar as atividades escolares, na qualidade de observadora e colaboradora, respeitando o regulamento escolar;
· Executar decisões tomadas pelo conselho deliberativo;
· Administrar recursos transferidos por órgãos federais e municipais;
· Fomentar as atividades pedagógicas, a manutenção e conservação física de equipamentos e a aquisição de materiais necessários ao funcionamento da escola;
· Prestar contas dos recursos repassados.
5.2.3 Plano de Aplicação de recursos financeiros
A Associação de Pais e Mestres, enquanto pessoa jurídica, recebe recursos repassados pelo governo federal através do PDDE – Programa Dinheiro Direto na Escola – e pela Prefeitura do Município de São Bernardo do Campo, através do Termo de Colaboração firmado com a APM. A prestação de contas do PDDE é anual e do Termo de Colaboração é quadrimestral. A utilização dos recursos federais é decidida nas Reuniões e Assembleias da APM e CE, sendo divididos em verba de capital, para aquisição de bens permanentes, e verba de custeio, para aquisição de materiais de consumo e contratação de serviços. A destinação dos recursos municipais segue a mesma lógica, sendo dividida em segmentos e finalidades relacionados aos tipos de materiais e serviços a serem adquiridos, cujos percentuais de utilização em relação ao montante total da verba foram definidos no Plano de Trabalho no final do ano.
5.2.4 Avaliação do Plano de ação da APM
O Plano de ação da Associação de Pais e Mestres será avaliado mensalmente nas reuniões agendadas no Calendário Escolar, a partir das observações dos membros do colegiado. As pautas de reunião serão definidas com a apresentação das demandas apontadas pela comunidade escolar, para aprovação e deliberação das ações necessárias.
V – ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO
1. Objetivos
Lei 9.394, de 20/12/1996 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
Lei 11.274, de 06/02/2006
Resolução CNE/CP nº 2 de 22/12/2017 – Base Nacional Comum Curricular
Artigo 9º da Lei 10.403 de 06/07/1971, a Indicação CEE 183/2019 – Currículo Paulista
Objetivos da Educação Básica
LDB: Título V – Dos níveis e das modalidades de Educação e Ensino
Capítulo II
Seção I
Das Disposições Gerais
“Art. 22º. A Educação Básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurando-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.”
Seção II
Da Educação Infantil
“Art. 29º. A Educação Infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até 06 anos de idade (ou zero a cinco, na medida em que as crianças de seis anos ingressem no Ensino Fundamental), em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.”
Decreto Municipal nº 21875/2022:
“Art. 5º. Os princípios que norteiam a ação e a proposta pedagógica das Escolas Municipais de São Bernardo do Campo estão articulados com a Política Municipal de Educação.
§ 1º São princípios expressos na organização da Rede Municipal de Ensino:
I - equidade e igualdade de condições para o acesso, permanência e sucesso na escola;
II - participação e integração das famílias;
III - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber;
IV - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
V - respeito e atendimento às diversidades social e cultural e às diferenças individuais;
VI - respeito à liberdade e aos direitos;
VII - gestão democrática do ensino, na forma deste Decreto e dos demais dispositivos legais pertinentes;
VIII - valorização da experiência extraescolar dos educandos;
IX - vinculação da educação com a realidade e práticas sociais;
X - qualidade do ensino; e
XI - valorização dos profissionais da educação.”
“Art. 8º. A educação nas Escolas Municipais de Educação Básica de São Bernardo do Campo tem por objetivo contribuir para o desenvolvimento integral do educando, respeitando as diversidades cultural e social e a individualidade, instrumentalizando-o para o exercício da cidadania, desenvolvimento científico, tecnológico e profissional.
Parágrafo único. Para atingir o objetivo proposto no caput deste artigo, os Projetos Político-Pedagógicos das Escolas Municipais, em suas etapas e modalidades de ensino, devem:
I - educação Infantil:
a) propiciar à criança situações de aprendizagens por meio de experiências, brincadeiras, interações e cuidados que contribuam para o seu desenvolvimento integral nos aspectos motores, afetivos, cognitivos e linguísticos, garantindo os direitos de aprendizagem e o acesso à educação, à cultura, ao esporte e ao lazer;
b) oferecer condições e recursos para que as crianças usufruam seus direitos civis, humanos e sociais;
c) assumir a responsabilidade de compartilhar e complementar a educação e cuidado das crianças com as famílias;
d) oportunizar a interação entre crianças e entre adultos e crianças, possibilitando a ampliação de saberes e conhecimentos nas diferentes linguagens;
e) promover a igualdade de oportunidades educacionais entre as crianças no que se refere ao acesso a bens culturais e às possibilidades de vivência da infância;
f) construir novas formas de sociabilidade e de subjetividade comprometidas com a ludicidade, a democracia, a sustentabilidade do planeta e com o rompimento de relações de dominação etária, socioeconômica, étnico-racial, de gênero, regional, linguística e religiosa;
g) promover e incentivar o protagonismo infantil.”
2. Levantamento dos Objetivos e Conteúdos para as Etapas e Modalidades
A EMEB Agostinho dos Santos tem como objetivos gerais:
I – planejar ações voltadas para o desenvolvimento integral de bebês e crianças bem pequenas;
II – proporcionar atividades estruturadas nos eixos das interações e brincadeiras;
III – promover o máximo de oportunidades de experimentações, estimulando aspectos sensoriais, cognitivos, afetivos, sociais e motores;
IV – disponibilizar o patrimônio cultural, artístico, científico e tecnológico construído pela Humanidade, em especial no Brasil, entrelaçando-o às características peculiares de cada família atendida;
V – estimular o desenvolvimento da autonomia e da autoconfiança, em situações de autocuidado e nas demais demandas do cotidiano;
VI – valorizar a convivência entre crianças e entre adultos e crianças, criando ambientes atrativos e estimulantes para desenvolvimento de atitudes coletivas.
EDUCAÇÃO INFANTIL
A articulação dos Campos de Experiências: “O Eu, o Outro e o Nós”, “Corpo, Gestos e Movimentos”, “Traços, Sons, Cores e Formas”, “Escuta, Fala, Pensamento e Imaginação”, “Espaços, Tempos, Quantidades, Relações e Transformações”, nutrem as interações, a brincadeira, a fantasia, a criatividade, as pesquisas, enfim, a subjetividade. A poética e as narrativas infantis, alinhadas a toda fundamentação e concepções pedagógicas da Educação Infantil, dialogam com as pedagogias participativas e trazem a criança na centralidade do processo educativo. A organização e o desenvolvimento do trabalho pedagógico devem pautar-se na premissa dos Direitos de Aprendizagem das crianças (conviver, brincar, participar, explorar, expressar-se e conhecer-se).
Assim, a organização do trabalho pedagógico precisa indicar a garantia dos Direitos de Aprendizagem, considerando o cuidar e educar indissociáveis, na promoção de contextos investigativos, considerando os espaços, materiais, tempos e relações, sempre orientados pelos princípios éticos, estéticos e políticos.
3. Rotina
Uma das definições mais simples de rotina, encontrada nos dicionários, é: “caminho utilizado normalmente; itinerário habitual”. A rotina proporciona à criança sentimentos de estabilidade e segurança, pois facilita a organização espaço-temporal e a liberta do sentimento de estresse que um cotidiano desestruturado pode causar. Dessa forma, buscamos uma organização prática para todas as atividades presentes no dia-a-dia da creche, que deve entrelaçar as necessidades do educar e do cuidar de forma indivisível, sem perder o encantamento que as propostas planejadas devem sempre contemplar. Nada na escola pode ser mecânico: todas as práticas devem conter o olhar técnico e afetuoso dos educadores, que vislumbram, nos mínimos detalhes, a oportunidade de apresentar novos temas às crianças ou diversificar o que já é conhecido. Temos que garantir que todas as atividades planejadas sejam permeadas pelas interações e brincadeiras, eixos estruturantes da Educação Infantil. O universo lúdico deve ser constantemente explorado para desenvolver habilidades cognitivas e emocionais fundamentais para o crescimento saudável. Todas essas possibilidades são organizadas em atividades permanentes, propostas ocasionais, atividades sequenciadas e projetos.
Como atividades permanentes, ou seja, que devem acontecer cotidianamente, temos o acolhimento no momento de entrada, as brincadeiras em diferentes espaços, as rodas de história e de música e os momentos de alimentação e de cuidados. Em relação às refeições, vale registrar o processo desenvolvido em nossa creche: as crianças se deslocam das salas de aula até o refeitório em pequenos grupos. Para iniciar essa prática, um educador permanece com a turma na sala enquanto outro se dirige ao refeitório com, no máximo, seis crianças. À medida que as crianças terminam a refeição, são liberadas para voltar à sala, chamando outro colega para ir
comer. Esse movimento vai acontecendo até que todos tenham se alimentado, repetindo-se em todas as refeições (desjejum, almoço, lanche e jantar).
Diariamente acontece o equilíbrio entre os períodos da manhã e da tarde para que as experimentações sejam ricas e variadas, utilizando materiais e espaços disponíveis de forma organizada.
Como atividade permanente estão contemplados os itens sugeridos pela legislação vigente e pelos documentos orientadores da Secretaria da Educação. Dessa forma, os temas
“Africanidades e povos originários” (trazido pelas Leis 10639/2003 e 11645/2008) e ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Toda a equipe escolar será envolvida nestas atividades por meio de um plano de ação a acontecer ao longo do ano com os seguintes temas: “Educação Étnico-racial” e “Alimentação Interativa.
As propostas ocasionais acontecem quando as crianças apresentam interesse por um tema ou brinquedo, por exemplo, e as professoras redefinem o planejamento em função dessa demanda.
As atividades sequenciadas ocorrem quando um tema é desenvolvido de maneira gradual, em um conjunto de propostas com princípio e fim estimados, que evoluem progressivamente até atingir os objetivos planejados. O cronograma e a sequência de atividades podem ser alterados de acordo com o desenvolvimento das ações.
Os projetos consistem em atividades em sequência planejadas com cronograma mais extenso, partindo de um tema pré-definido pela turma. Podem ter uma culminância para sua finalização com atividades com função comunicativa, como apresentações, exposições ou rodas de conversa. Também é possível que sejam planejados por uma ou por mais turmas em conjunto, visando contemplar interesses comuns das crianças.
Ao longo de todo o ano as turmas vão desenvolver projetos de acordo com o interesse das crianças observado pelas professoras. São projetos de investigação que partem das perguntas e teorias das crianças e são ampliados e sustentados pela sistematização da professora. Alguns projetos serão do âmbito da instituição. Iniciaremos no ano 2025 os seguintes Projetos Institucionais: “Musicalidades” que tem como marco o Dia do Agostinho dos Santos, patrono da creche cujo data de aniversário, 25 de abril, será comemorado anualmente com a participação da comunidade; “Semana do Brincar” – buscando estar em consonância com o movimento mundial de luta pelo direito da criança à infância e seguindo a temática anual e as premissas deste movimento que vê na conscientização da sociedade para a importância do brincar na infância seu maior motivo; Festa Junina- resgate da festa como manifestação cultural e significativa na comunidade. Pretendemos com a organização desta festa aproximar os bebês e as
crianças pequenas a esta tradição cultural do povo brasileiro na forma como se manifesta na música, dança, comidas e brincadeiras, primando pelo envolvimento das famílias.
4. Avaliação das Aprendizagens das crianças
4.1 Educação Infantil
De acordo com o Decreto 21.875/2022, o processo de avaliação das aprendizagens seguirá as seguintes orientações:
“Art. 56º. Na Educação Infantil, a avaliação não tem o objetivo de seleção, promoção ou classificação, e sim o de orientar o trabalho pedagógico com o propósito de garantir acesso a processos de apropriação, renovação e articulação de conhecimentos e aprendizagens de diferentes linguagens.
Art. 57º. Na avaliação da aprendizagem e do desenvolvimento das crianças na Educação Infantil, a escuta e observação com múltiplos registros dos educadores e das crianças são os instrumentos que compõem a documentação pedagógica para que o professor possa avaliar os processos de ensino e aprendizagem.
§ 1º Os múltiplos registros de cada criança e do grupo devem ser contínuos e sistemáticos, organizados por meio de portfólios e sintetizados ao final de cada semestre por meio de relatório individual de aprendizagem.
§ 2º O Relatório Individual de Aprendizagem deve ser arquivado no prontuário da criança com ciência dos pais ou responsáveis e, em caso de transferência, seguir para a escola de destino, permanecendo cópia no prontuário. ”
5. Acompanhamento dos Instrumentos Metodológicos
- Planejamento: o professor planeja propostas que contemplem os Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento dos Campos de Experiência da BNCC, compartilha com a equipe gestora, recebe devolutivas e realiza os ajustes necessários, colocando em prática o idealizado. Deve ocorrer o alinhamento dos interesses demonstrados pelas crianças (e suas famílias) às demandas de aprendizagem e desenvolvimento a serem atendidas, tendo como base as concepções da escola. O planejamento poderá contemplar processos naturais da infância, como desfralde, variações da alimentação, sono e comportamento nas propostas de atividades com música, histórias, arte, movimento, entre tantas possibilidades. E todas as propostas vão aparecendo numa linha do tempo intencionalmente planejada para que fortaleçam a evolução das crianças naturalmente. Desde 2024 os planejamentos semanais começaram a ser compartilhados diretamente na plataforma Google Drive para que educadores e equipe gestora tenham acesso em tempo real.
- Registros reflexivos: serão igualmente compartilhados no Google Drive e elaborados diariamente, refletindo a concepção de ação analisada e comentada para reavaliação do planejado a partir do realizado, visando proporcionar correções e retomadas no caminho que está sendo construído.
- Portfólios: no processo formativo da Unidade serão inseridos estudos sobre a elaboração desse instrumento. A ideia é que sejam produzidos com a participação de todas as crianças,
constituindo um único instrumento para a turma. Cada agrupamento irá escolher o formato de seu portfólio, podendo utilizar pastas catálogo, com plásticos, caixas ou construídos com outros materiais. Ali serão “guardados” registros do percurso desenvolvido pela turma, que definirá o fio condutor de suas escolhas.
- Relatórios semestrais: serão produzidos pelos educadores e apresentados às famílias ao final de cada semestre. Eles também acompanham cada criança em seu percurso escolar, sendo disponibilizados para outras unidades com a progressão da escolaridade. Ali constam as observações registradas no cotidiano escolar, relatando as características individuais em
relação aos diversos aspectos desenvolvidos na Unidade Escolar (cognitivos, afetivos, comportamentais).
6. Atendimento Educacional Especializado (AEE)
Este item não se aplica à creche especificamente, visto que não há atendimento especializado com professores, auxiliares ou cuidadores para essa faixa etária. Entretanto, é necessário citar que a creche é o espaço onde acontecem as primeiras observações sobre aspectos do desenvolvimento das crianças, que podem gerar encaminhamentos mais específicos para os casos detectados. Essas características podem ser apontadas pelos responsáveis na entrevista que é realizada na matrícula da criança ou na primeira reunião do ano. Algumas famílias trazem estudos, laudos e relatórios de terapias do aluno, criando parceria com a escola para o melhor atendimento às suas necessidades individuais. Outras relatam ter percebido alguma situação em casa ou nas relações próximas, momentos em que, por comparação com o comportamento de outras crianças, “desconfiam” que algo está diferente. E, por fim, temos aquelas famílias que ainda não perceberam nada, sendo a escola o primeiro local onde esse tema é abordado. A postura da equipe escolar, em todos esses casos, é de observação e registro desses apontamentos, conversando com as famílias sobre eventuais necessidades de encaminhamento. Também é fundamental a parceria com a Equipe de Orientação Técnica (EOT) da Secretaria de Educação, que disponibiliza o apoio de assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, psicólogos, fonoaudiólogos e fisioterapeutas, para que a escola seja respaldada em seu atendimento a todas as crianças. Nossa prioridade é apoiar as famílias que tenham questões em observação, acolhendo as demandas específicas que se apresentam, utilizando todas as possibilidades que a Rede de Proteção intersetorial pode oferecer.
7. Eventos e atividades de Estudo do Meio
Em virtude das características das turmas da creche, os educadores da EMEB Agostinho dos Santos entendem que , em respeito ao momento de inserção das crianças na creche, as atividades de Estudo do Meio serão realizadas da seguinte forma: no primeiro semestre planejaremos apresentações artísticas no recinto da escola, como teatro, contações de histórias e espetáculos musicais, visando manter as crianças no ambiente conhecido. Para o segundo semestre serão programadas saídas para visitação externa, com destinos definidos pela equipe escolar.
VI. REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC/SEB, 2017. 600 p.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEB, 2010. 36 p.
MALAGUZZI, L. As Cem Linguagens da Criança: a abordagem de Reggio Emilia na educação da primeira infância. Porto Alegre: Artmed, 1999.
MALTA, M. ROSEMBERG, F. Critérios para um atendimento em creches que respeite os direitos fundamentais das crianças. Brasília: MEC/ SEB, 2009. Disponível em [http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/direitosfundamentais.pdf].
SÃO BERNARDO DO CAMPO. Secretaria de Educação. Documento Orientador 2023.
SÃO BERNARDO DO CAMPO. Lei nº 6316, de 12 de dezembro de 2013. Dispõe sobre o Estatuto e plano de carreira dos profissionais do Magistério e servidores da Educação Básica do Ensino Público Municipal. Disponível em: https://leismunicipais.com.br/a/sp/s/sao-bernardo-do-campo/lei-ordinaria/2013/632/6316/lei-ordinaria-n-6316-2013-dispoe-sobre-o-estatuto-e-plano-de-carreira-dos-profissionais-do-magisterio-e-servidores-da-educacao-basica-do-ensino-publico-municipal-em-conformidade-com-as-disposicoes-das-leis-federais-n-9394-de-20-de-dezembro-de-1996-11494-de-20-de-junho-de-2007-e-11738-de-16-de-julho-de-2008-da-resolucao-cne-ceb-n-2-de-2009-que-fixa-as-diretrizes-nacionais-para-os-planos-de-carreira-e-remuneracao-dos-profissionais-do-magisterio-da-educacao-basica-publica-e-da-resolucao-cne-ceb-n-5-de-2010-que-fixa-as-diretrizes-nacionais-da-carreira-e-remuneracao-dos-servidores-de-educacao-basica-publica-revoga-a-lei-municipal-n-5820-de-3-de-abril-de-2008-e-suas-alteracoes-e-da-outras-providencias. Acesso em: 25 abril. 2024.
SÃO BERNARDO DO CAMPO. Lei N. 5.309, de 30 de junho de 2004. Dispõe sobre o Sistema Municipal de Ensino. Disponível em:
https://educacao.saobernardo.sp.gov.br/images/orgaos_colegiados/CME/Legislacoes/Lei_n%C2%BA_5.309-2004_-_Sistema_Municipal_de_Ensino.pdf. Acesso em 25 abril. 2024.
SÃO BERNARDO DO CAMPO. Decreto nº 21.875, de 2 de fevereiro de 2022. Dispõe sobre a organização da Rede Municipal de Ensino de São Bernardo do Campo, e dá outras providências. Disponível em: https://leismunicipais.com.br/a/sp/s/sao-bernardo-do-campo/decreto/2022/2188/21875/decreto-n-21875-2022-dispoe-sobre-a-organizacao-da-rede-municipal-de-ensino-de-sao-bernardo-do-campo-e-da-outras-providencias. Acesso em 25 abril. 2024.
SÃO PAULO (Estado). Secretaria de Educação do estado de São Paulo. Currículo Paulista, SEDUC/Undime SP. São Paulo: SEDUC/SP, 2019.
VII. ANEXOS
ANEXO I
BIOGRAFIA DO PATRONO
Quem foi Agostinho dos Santos?
Agostinho dos Santos nasceu em 25 de abril de 1932, em São Paulo, onde foi criado. Dono de uma voz suave e marcante, destacou-se como um cantor versátil, sendo especialmente reconhecido por suas interpretações românticas, que fizeram grande sucesso nas décadas de 1950 e 1960.
No início da carreira, atuou como crooner de orquestra e, aos poucos, conquistou espaço no cenário musical brasileiro. Em 1951, conseguiu seu primeiro contrato com a Rádio América, graças ao trompista José Luis. Posteriormente, passou pela Rádio Nacional de São Paulo e chamou a atenção da Rádio Mayrink Veiga, no Rio de Janeiro, onde teve a oportunidade de cantar ao lado de grandes nomes como Sylvia Telles e Ângela Maria, acompanhadas pela Orquestra Tabajara, de Severino Araújo.
Em 1956, Agostinho deu um passo importante em sua trajetória ao gravar um LP em parceria com Dolores Duran e Tom Jobim, ambos ainda em início de carreira. O álbum, intitulado Uma Voz e Seus Sucessos, marcou sua ascensão no meio artístico.
Contudo, seu maior destaque veio com a participação na trilha sonora do filme Orfeu Negro (1959), dirigido por Marcel Camus. A produção, impulsionada pelas composições de Vinícius de Moraes e Tom Jobim, ganhou notoriedade mundial. Agostinho foi a voz por trás das canções interpretadas pelo personagem Orfeu, eternizando clássicos como Manhã de Carnaval (Luiz Bonfá) e A Felicidade (Tom Jobim e Vinícius de Moraes).
A visibilidade conquistada com o filme impulsionou sua carreira internacional, levando-o a participar do histórico Festival de Bossa Nova no Carnegie Hall, em Nova York, em 1962, ao lado de Oscar Castro Neves. Ao longo dos anos, gravou diversos discos, consolidando-se como um dos grandes nomes da música popular brasileira.
A morte prematura de Agostinho dos Santos
Em 7 de julho de 1973, Agostinho preparava-se para viajar à Grécia, mas, devido a problemas na documentação do maestro Carlos Piper, precisou adiar o embarque para o dia 9 de julho. A viagem incluía escalas na Argentina, Chile, França e Alemanha antes do destino final. No entanto, ao se aproximar do aeroporto de Orly, na França, um incêndio a bordo da aeronave — causado por uma bituca de cigarro descartada no banheiro — resultou em um grave acidente. O avião caiu a apenas quatro quilômetros da pista, causando a morte de 122 das 134 pessoas a bordo. Entre as vítimas estava Agostinho dos Santos.
A tragédia interrompeu sua trajetória precocemente, mas seu legado musical permanece vivo. Com sua voz inconfundível e interpretações emocionantes, Agostinho ajudou a divulgar a cultura brasileira pelo mundo. Décadas depois, suas canções continuam a emocionar e encantar diferentes gerações, consolidando seu nome entre os maiores intérpretes da música brasileira.
ANEXO II
Descrição da Estrutura Física da Escola
A EMEB Agostinho dos Santos conta com a seguinte estrutura:
- Sala da Equipe Gestora
- Secretaria
- Cozinha
- Lavanderia e dois almoxarifados
- Ateliê
- Sala de leitura
- Sala de formação
- 10 salas de aula
- Parque
- Tanque de areia
- Parque da árvore
- Pátio coberto
- Refeitório das crianças
- Dois refeitórios para adultos
- Área externa
Equipamentos
- 03 datashows
- 01 caixa de som 1500W
- 01 TV interativa
- 01 notebook
- 01 computador disponível para os educadores
ANEXO III
Projeto
Alimentação e Experiências com a Natureza
"A criança tem muitas perguntas e elabora respostas criativas sobre a natureza. Observar o entorno – flores, árvores, gramado e insetos – provoca questionamentos e amplia a imaginação. A criatividade infantil se desenvolve por meio das interações com adultos e ambientes, sendo essencial um olhar atento e criativo do educador." (Rinaldi, 2012)
Em consonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil e o campo de experiência “Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações” destaca a importância de vivências que despertem a curiosidade infantil sobre o mundo natural e sociocultural. Assim, a Educação Infantil deve incentivar a exploração ativa do ambiente, permitindo que as crianças observem, manipulem e investiguem, ampliando seus conhecimentos.
Nosso propósito é
desenvolver um projeto que integre experiências com a natureza e alimentação saudável, utilizando os espaços externos da escola. A proposta deve estimular a participação das crianças, envolver as famílias e ampliar a visão de mundo, incentivando expressividade e comunicação.
1. Momentos de Alimentação
"Não se trata nunca de apenas cozinhar os alimentos, mas de dar-lhes sabor."
Leonardo Boff
Contexto e Justificativa
Com base nas observações da equipe gestora, escuta da equipe escolar e análise do cotidiano das crianças nos momentos de alimentação, propomos uma reorganização: da alimentação em minigrupos para momentos coletivos no refeitório.
Motivos da Mudança:
Longo tempo de espera nas salas;
Ansiedade ao ver colegas saindo primeiro;
Propostas com pouca intencionalidade pedagógica durante o período de alimentação;
Objetivos:
Ampliar as oportunidades de aprendizagem nas salas;
Valorizar o momento da alimentação como parte da formação integral;
Qualificar a interação entre a turma;
Assegurar dois adultos por turma para favorecer propostas estruturadas.
Organização: As crianças serão divididas em três mesas, cada uma com um adulto. A divisão considera vínculos, tempo de alimentação, necessidades individuais e rodízio.
Orientações Didáticas:
Ampliar oportunidades de aprendizagem;
Criar ambiente de boa alimentação;
Levar a turma ao banheiro antes das refeições, trocar fraldas, higienizar mãos e oferecer água;
Apresentar o cardápio;
Realizar registro individual sobre a alimentação das crianças;
Oferecer todos os alimentos de forma convidativa;
Manter o diálogo durante a refeição;
Evitar barulho desnecessário (ex: pratos no balde);
Dividir tarefas entre as crianças;
Promover um ambiente calmo e organizado.
Painel para o Refeitório:
"Quando nossos antepassados... praticavam a comensalidade... Essa pequena diferença faz toda uma diferença"
Leonardo Boff
Nosso refeitório é lugar de vida, partilha, cuidado, diálogo, cultura e descoberta de sabores.
Preocupamo-nos com:
Alimentação de qualidade;
Apresentação estética dos pratos;
Ambiente calmo;
Observação e respeito às escolhas das crianças;
Participação ativa das crianças na organização da mesa e dos utensílios;
2. Cozinha Interativa
O projeto surge para incentivar uma alimentação saudável por meio da participação das crianças.
Tema: Inserção dos alimentos servidos na escola na rotina alimentar familiar
Justificativa:
Sabemos da importância da alimentação saudável na infância para o desenvolvimento físico e cognitivo das crianças. Na creche, oferecemos diariamente alimentos variados e nutritivos, buscando ampliar o paladar e o interesse dos pequenos por frutas, legumes e preparações naturais. Porém, para que essa alimentação tenha continuidade e impacto positivo a longo prazo, é fundamental que esses hábitos também sejam reforçados em casa.
Objetivo Geral:
Promover a integração entre escola e família na construção de hábitos alimentares saudáveis para as crianças.
Objetivos Específicos:
Estimular a aceitação de alimentos saudáveis por meio de preparações atrativas e saborosas.
Envolver as famílias no processo educativo alimentar.
Compartilhar receitas e experiências entre escola e família.
Apresentar alimentos saudáveis de forma lúdica e acessível.
Primeira ação do projeto:
Degustação de Bolo de Beterraba com Uvas-Passas (sem açúcar)
No dia da próxima reunião de pais, ofereceremos uma amostra do Bolo de Beterraba com Uvas-Passas, receita preparada na escola e muito bem aceita pelas crianças. O objetivo é que os pais conheçam o sabor e a proposta nutricional do alimento, e se sintam motivados a incluí-lo também nas refeições em casa.
Próximas etapas (sugestões):
Entrega da receita impressa após a degustação.
Oficina culinária com os pais e crianças.
Envio de um “cardápio da semana” com sugestões saudáveis.
Criação de um livrinho de receitas da creche com participação das famílias.
Outras Ações:
Dia do Pão: Quarta-feira será o dia de fazer pão com as crianças, por turma, com apoio da equipe da cozinha;
Livro de Receitas: Registro dos pratos da escola com fotos e degustação para as famílias;
Exposição dos alimentos em forma natural: Melão, melancia, tomate inteiros ao lado do cardápio com imagem do prato pronto;
Palestras e oficinas com nutricionistas da rede: Conscientização das famílias sobre alimentação nos tempos modernos;
Blog: Compartilhamento de receitas, fotos e experiências.
3. Horta de Cheiros e Temperos
A horta escolar promove experiências sensoriais e educativas com:
Cultivo de ervas e temperos naturais;
Exploração de aromas e sabores;
Relação entre natureza, alimentação e cuidado com o meio ambiente.
Ações:
· A horta será no espaço embaixo da árvore ao lado do parque em tubos de PVC sendo um para cada turma, podendo ser sensorial para o berçário;
· Buscar parceria com o Instituto Melhores Dias para a obtenção de mudas e formações;
· Composteira;
· Ações de pesquisa: livros e revistas especializadas;
· Visita em parques, feira ou horta;
· Oficina com os pais.
Referências:
São Bernardo do Campo. Educar e Cuidar: Orientações sobre cuidados, higiene e segurança no ambiente escolar. Secretaria de Educação, 2022.
As Linguagens da Comida.
Leonardo Boff.
ANEXO IV
Projeto: Leitura que Aproxima
Público-alvo:
Crianças da creche (0 a 3 anos), familiares, funcionários e comunidade escolar
Duração:
Contínua, com ações especiais mensais e Semana Literária em setembro
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Justificativa:
A leitura aproxima, transforma e constrói vínculos. Ao criar espaços de leitura acessíveis e afetivos na creche, proporcionamos momentos de encantamento, escuta, partilha e imaginação. O projeto Leitura que Aproxima nasce da vontade de envolver toda a comunidade escolar — crianças, famílias e funcionários — na vivência da leitura como um ato cotidiano e prazeroso.
________________________________________
Objetivos:
• Promover o hábito da leitura desde a primeira infância.
• Estimular a participação ativa da comunidade na promoção da leitura.
• Criar espaços de escuta, memória e afeto por meio da literatura.
• Valorizar diferentes formas de narrar: leitura, contação de histórias, causos e experiências.
________________________________________
Ações do Projeto:
📚 Espaço Leitura que Aproxima
Estante com livros infantis e adultos disponível para toda a comunidade escolar.
A proposta é simples: pegue, leia, compartilhe, devolva, doe, participe.
🌟 Parada Literária Mensal (Interna)
Uma vez por mês, todos param para ler. Funcionários, educadores e convidados compartilham histórias com as crianças em clima de acolhimento. Pode ser um livro, uma contação, um poema, um “causo” ou lembrança de infância.
📖 Semana Literária – setembro
Durante uma semana no mês de setembro, abriremos as portas para a participação ativa da Comunidade: pais, avós, tios, vizinhos ou funcionários que quiserem vir até a escola para ler para as crianças ou adultos. Cada momento será único e espontâneo, valorizando o olhar e a vivência de cada leitor.
📷 Registro Afetivo
Os momentos de leitura poderão ser registrados com desenhos, relatos, fotos e murais, criando memória coletiva e afetiva das experiências vividas.
________________________________________
Resultados esperados:
• Formação de uma comunidade leitora viva e envolvida.
• Criação de memórias afetivas em torno da leitura.
• Fortalecimento da relação entre adultos e crianças.
• Ampliação do repertório oral e literário das crianças.
• Valorização da cultura popular e das narrativas diversas.
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Frase de chamada:
"Pegue um livro, compartilhe uma história, crie memórias!"
________________________________________
COMISSÃO MOMENTOS LITERÁRIOS
EQUIPE GESTORA
ANEXO V
PROJETO MÚSICA NO AGOSTINHO
“Quero a alegria de um barco voltando, quero a ternura de mãos se encontrando para enfeitar a noite do meu bem”
(Música “A noite do meu bem”- Dolores Duran – sucesso na voz de Agostinho dos Santos)
Comissão: Júlia, Mônica, Bel, Ana Claudia, Joelma, Teresa Cristina
O projeto Música no Agostinho tem como objetivo iniciar uma tradição de comemorar o dia do patrono e manter uma sistemática de apreciação musical e brincadeiras sonoras com os bebês e as crianças. Buscamos o envolvimento das famílias e incentivo ao protagonismo das crianças.
Atividade permanente:
§ Fundo musical nos diversos ambientes da escola.
§ Roda de música: convidar amigos da escola, (familiares e outros conhecidos para apresentações).
§ Sextas musicais: (semanalmente das 11h30 às 11h45) Apreciação de músicas de Agostinho dos Santos e outras músicas populares brasileiras que perpassam pelo tempo.
§ Musicalização: instrumentos de bandinha, chocalhos, pau de chuva, brincadeiras musicais de palmas e ritmos, dança circular, cirandas;
§ Exposição de instrumentos;
Obs: ver escola de música para vir nas sextas-musicais
Dia do Agostinho
PRÉ-EVENTO
§ Panfleto sobre o Agostinho e convite: enviar até dia 14 de abril
§ 1- Construção de cabana com a história musical, fotográfica e contextualização histórica anos 60 (corredor frente da rampa): visitação durante a semana com as crianças; 2- amarelinha -montar dia 22 de abril
§ Decoração do hall de entrada (disco vinil; painel do Agostinho- quadro; panfleto; convite; notas musicais...)
§ Visitação da cabana: de 23 e 24 de abril (crianças); até dia 29/04 (famílias)
EVENTO
1- Bailinho do Agostinho no dia do aniversário do Patrono (organizar até dia 22 de abril)
§ Decoração: temática re trô anos 60; Disco de vinil; globo de espelho; confete e serpentina (refeitório);
§ Seleção de músicas do Agostinho e de artistas que se relacionam com sua história.
§ Painel para colocação dos recadinhos de avaliação (notas musicais em vermelho, escrever em preto e colocar nas linhas musicais- pauta)
ANEXO VI
Projeto: Semana do Brincar 2025
Tema: Proteger o Encantamento das Infâncias
Justificativa
A Semana do Brincar integra um movimento mundial de valorização do brincar livre e espontâneo como direito essencial da infância. Buscamos, por meio desta ação, fortalecer a cultura do brincar em nossa instituição, promovendo o desenvolvimento integral das crianças, resgatando brincadeiras tradicionais e incentivando práticas de socialização, movimento e criatividade.
Para potencializar essa experiência, envolveremos também as famílias em um Sábado Letivo especial, reforçando a importância do brincar na construção de vínculos afetivos e no desenvolvimento saudável das crianças.
Objetivos
Incentivar o brincar livre e estruturado em ambientes diversificados.
Estimular o desenvolvimento motor, social, emocional e criativo das crianças.
Revitalizar e ampliar os espaços de brincadeira da creche.
Valorizar a cultura da infância, resgatando brincadeiras tradicionais.
Fortalecer a parceria entre família e escola no reconhecimento do brincar como direito fundamental da criança.
Ações Planejadas
1. Revitalização e Ampliação dos Espaços de Brincar
Preparação da área lateral da creche com instalação de traves e cestas, formando mini quadras para práticas esportivas adaptadas.
Revitalização do parque infantil, garantindo segurança e novos estímulos.
Instalação de cabanas nos corredores internos, criando "refúgios de brincar".
Instalação de espaço para leitura, imaginação e interação, criando a “Tenda literária”.
2. Novas Instalações
Organização de estações com brinquedos e materiais para brincadeira heurística (objetos de exploração livre e criativa).
3. Programação Especial durante a Semana
Brincadeiras Tradicionais: atividades como amarelinha, pular corda, cama de gato, casinha simbólica equipada com realismos, corre-cotia, entre outras.
Oficina de argila e tear.
Dança circular
Pic - nic com comida de verdade (Bolo beterraba ou banana, frutas e suco)
Berçário – Percurso Sensorial e Túnel
Roda de conversa sobre "O Brincar e o Desenvolvimento Infantil" em 20/05 com a Sras. Ana Lúcia e Maria Goreti.
4. Sábado Letivo: "Famílias que Brincam" (sugestão)
Encontro especial para as famílias vivenciarem brincadeiras junto com as crianças.
Estações de atividades recreativas, brincadeiras tradicionais, circuitos motores e oficinas de brinquedos simples.
Metodologia
As atividades serão desenvolvidas de forma lúdica e participativa. A equipe pedagógica organizará os espaços e acompanhará as atividades, promovendo autonomia e interação.
No Sábado Letivo, as famílias serão convidadas a participar ativamente das brincadeiras, promovendo momentos de integração e afetividade.
Avaliação
A avaliação será contínua, considerando a participação, o envolvimento e as manifestações das crianças e das famílias durante a semana e o sábado letivo. Um registro fotográfico e reflexivo será elaborado para futura socialização e análise da possível manutenção dos espaços para o dia-a-dia de escola.
ANEXO VII
PROJETO: Manifestações Culturais — Carnaval e Festa Junina
Comissão Organizadora:
O Projeto Político-Pedagógico (PPP) da nossa instituição orienta nosso compromisso com a formação integral dos bebês e crianças pequenas, traduzindo-se em ações concretas ao longo do ano letivo. Em conformidade com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (DCNEI), priorizamos práticas pedagógicas centradas nas interações e nas brincadeiras, proporcionando experiências significativas que valorizem a identidade cultural e as tradições brasileiras.
A diversidade cultural é um dos pilares da construção da cidadania e da valorização das diferenças. Desde os primeiros anos de vida, as crianças desenvolvem o senso de pertencimento e conexão com suas raízes culturais. Para potencializar essas vivências, escolhemos destacar duas grandes manifestações reconhecidas como patrimônios culturais do Brasil: o Carnaval e a Festa Junina.
Em especial, ressaltamos:
- Lei nº 14.555/2023, que reconhece as festas juninas como manifestação da cultura nacional;
- Lei nº 14.900/2024, que inclui as quadrilhas juninas na lista de manifestações da cultura brasileira.
Essas festas, repletas de música, dança, sabores, cores e tradições, são fontes riquíssimas de experiências afetivas, sociais e pedagógicas. Pretendemos promovê-las com envolvimento e sensibilidade, ampliando o repertório cultural das crianças e fortalecendo os laços com as famílias.
Aspectos Fundamentais do Projeto:
· Envolvimento da equipe escolar em um projeto institucional;
· Estímulo à expressividade e à interação das crianças;
· Participação das famílias, valorizando o patrimônio cultural brasileiro;
· Ampliação da compreensão de mundo por meio das tradições culturais;
· Promoção do respeito à diversidade, da empatia e da valorização das raízes culturais;
· Aproximação das crianças a diversas manifestações de música, artes plásticas e gráficas, dança e literatura.
Propostas e Possibilidades:
· Envio gradual de bilhetes informativos às famílias com curiosidades e contextos históricos das festas culturais;
· Decoração dos espaços escolares com elementos típicos da cultura junina e carnavalesca;
· Contação de histórias e lendas populares: Fogo no Céu, Bumba Meu Boi, Boi Caprichoso e Garantido;
· Dança e Expressão Corporal: Maracatu, Frevo, Quadrilha, Baião, Xaxado, Vanerão, Dança das Fitas;
· Arte e Cultura Popular: Literatura de Cordel, Xilogravura (exploração de imagens e criação com carimbos);
· Músicas típicas e populares: ABC do Sertão, Asa Branca, O Chêro de Carolina, Festa do Interior, Sai Preguiça, músicas de Alceu Valença;
· Brincadeiras tradicionais: Pescaria, Argola, Corrida do Saco, Frango na Panela, Boca do Palhaço;
· Correio Elegante (adaptado de forma lúdica para as crianças);
· Festa Junina – 24 de Junho: Durante o dia, vivências com brincadeiras típicas e cardápio temático nas refeições; ao final do dia, entrada das famílias para dançar a quadrilha com as crianças.

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